LIVROS

UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA

Relato do Autor

As vezes as pessoas me perguntam porque escrevi dois livros sobre Fallujah, ou melhor dois livros sobre Real Action "em 24 horas". E eu confesso que também me questiono, porque jamais imaginei que escreveria um livro e, muito menos, com esse tema. Mas se eu pudesse explicar, o primeiro argumento que me obrigo a referir é que estes livros foram escritos por várias mãos.

As experiências que estão contadas não deixam dúvidas: eu procurei ser fiel aos depoimentos que colhi e as emoções que visualizei. Sim, porque é preciso dizer que um 24 horas como Fallujah, por ser um jogo único no Brasil e talvez no mundo, é uma missão que se faz coletivamente. E esse coletivo se forma com amizade, superações pessoais, doação de tempo, estreitamento de convivência e uma ajuda recíproca que permite formar uma unidade indo muito além das 24 horas de jogo.

O segundo argumento segue nessa linha porque nada pode ser mais emocionante do que registrar "emoções". Emoções pessoais, emoções coletivas, emoções de seus companheiros, porque o real action é assim mesmo; é uma experiência que vem do coração. Uma experiência que funde amizades. Que transforma as pessoas. Que permite ao jogador conhecer seus limites e suas virtudes. As duas versões que serviam de inspiração para os livros também consolidaram uma maturidade que surgiu ao longo dos anos tendo os Dragões como protagonistas de um esporte único, tornando-os referência no Brasil e em muitos países que trocam experiências e intercâmbio o que nos é motivo de orgulho e de uma responsabilidade única.

O primeiro livro foi escrito em 30 dias e o segundo em um ano, pois teve como base vários fatos que antecederam a própria preparação do jogo. Mas eram tantas informações, tantos registros, inúmeros testemunhos, que o trabalho resumiu-se a ordenar os fatos e a cronologia. Se hoje me propusessem escrever um livro e escolher o tema, eu escolheria o real action. Testemunhei emoções incríveis e escrevi uma página da minha vida fazendo amigos que me são caros a cada dia, no meu cotidiano. Então, a missão foi fácil. E em nada se compara a ralação ou aos níveis de exigência que cumpríamos nos treinos ou quando estávamos em combate. Isso tudo fica como registro do que significa ser um Dragão! D.A 52. S.F.

24 Horas em Setembro

Como se um bicho percorresse, inconvenientemente, as vísceras de quem tem uma meta a cumprir, mas que se sentindo assim, acaba inquieto. Talvez seja este o êxtase que contagia o jogador de real action. Aquele momento fatídico em que todo o jogador sabe que algo vai acontecer, independentemente do que tenha treinado; daquilo que mentalizou ou mesmo das expectativas que criou. Era hora de absorver tudo isso, e ficar em silêncio passou a ser uma exigência.

Acontece que o silêncio não chega. Uma efervescência irrompe no interior de muitos, dos líderes, dos liderados e dos que se estabilizam quando falam; as palavras de ordem, os gritos de guerra e também algumas recomendações finais começam a cortar o ar carregado de tudo. De umidade, de luz solar, de monóxido de carbono, de um odor que emana dos fluidos mecânicos, de ânsia e de muitas, muitas outras coisas que geram sensações indescritíveis, as quais 120 afortunados poderiam estar sentindo naquele instante”

Bem-vindo ao 24 Horas em Setembro!

“Mas chegara a hora da ação, e a ansiedade se acelerava com a adrenalina. O instante em que um turbilhão movimenta as entranhas do jogador enquanto não é dada a partida.

Feira do Livro